domingo, 25 de janeiro de 2009

Ainda o certificado.

Tenho um pequeno prédio no Centro Histórico de Santarém, no qual uma boa parte das casas se encontram no abandono, já tive todos os tipos de proposta para criarem ali um negócio. Deixo aqui descrito que esta pequena loja já foi, barbeiro, habitação, casa de roupas de crianças, casa de malhas e de costura e por ultimo uma associação.
A coisa está tão má que já reduzi o valor da renda para 100 Euros, e mesmo assim tenho que gastar ali cerca de 600 euros, para colocar os contadores da água e da luz do lado de fora do estabelecimento e mais quase 300 euros para o certificado energético.
Dos 100 euros de renda tenho que dar 10% para as finanças do contrato do, mais 20% de IRS, mas 15% de contribuições do IMI.
E os futuros inquilinos não querem pagar vistoria, que são cerca de 179 euros iniciais até ao levantamento da licença, e depois mais outro tanto, depois o projecto contra incêndio e a instalação e obras dos materiais relativos a, mas a insonorização, mas obras alusivas ao negócio.
É claro que eu como os restantes senhorios, não conseguimos fazer o dito arrendamento, e tão pouco as obras que nos pedem, o meu imóvel será mais um guarda monus da cidade, pois eu não tenho dinheiro para gastar, e jamais poderia gastar cerca de 10.000 euros para receber menos de 70 euros mês, e ainda tenho o seguro para pagar.
Como podemos ver, o governo, e as ditas repartições que representam a autoridade, são responsáveis pela degradação e pelo abandono dos centros históricos.
Enquanto não criarem rendas acessíveis e justas, jamais reabilitarão os Centros Históricos.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Abrir Negócios em Santarém.

Está cada vez mais difícil abrir um negócio no Centro Histórico de Santarém.
Esta semana conheci um senhor que se queixava, esse senhor pediu as autoridades competentes que fossem visitar um espaço cobiçado por ele, na Travessa das Condinhas, perto da rua dos Correios.
Seu objectivo era abrir uma loja de enchidos, os fiscais da Câmara disseram que sim e que tinha de fazer algumas modificações, o delegado de saúde também disse que sim, mas tinha que modificar algumas coisas.
Mas o verdadeiro problema foi levantado pela ASAE, essa disse que o tecto tinha que subir 30 cm, ou afundar o chão 30 cm; resultado, o sr. foi-se embora e já não investirá na nossa tão desprezada cidade. Mas este senhor levantou uma questão:
Como é que ÓBIDOS mantém o seu comércio tradicional, e o seu património histórico recuperado e a funcionar com o mais variado comércio sem qualquer problema, é uma cidade bonita, tem turismo e funciona exactamente com as condições de á 50 anos atrás.
Com as actuais leis, poucas pessoas podem investir em casas e lojas pequenas, cada vez é mais difícil vender as casas do centro histórico.
Bons tempos em que uma loja só precisava de uma vistoria, e os serviços eram apenas a actualização da água e da electricidade.

A cidade e o caos

O NATAL passou, mas foi um caos, as pessoas mal podiam andar no passeio com tantos carros estacionados no mesmo.
A educação e o civismo das pessoas deixam muito a desejar, o ser humano cada vez se desenrasca mais, mas enrasca a vida do próximo e nem sequer olha para trás, é o salve-se quem puder.
As vendas caíram muito esse ano, mas os carros cada vez estão mais perto das entradas das lojas dos comerciantes.
Andar a pé na cidade, ninguém quer, e ainda falam de poluição e dos preços dos combustíveis.
E a nossa cidade cada vez mais com os passeios afundados e cheios de buracos, os prédios a abrirem fissuras, e os poucos moradores proprietários, devidos as baixas rendas, sem dinheiro para consertarem os tão sacrificados imóveis, protegidos por entidades que por solução só vêem a punição e a execução de leis que visam sacrificar os pobres dos senhorios, que cujas rendas, muitas vezes nem sequer compra um saco de cimento.

Vamos proteger o centro histórico, a começar com a interdição ao trânsito e a assinalar horários de cargas e descargas para evitar abusos.
A cidade devia usar as ruas fechadas, para a atribuição de comércio amovível, como pequenas mesas ou espaços de 2m x 2m, para exposição de arte e artesanatos variados.

Esse espaço permitiria a Câmara arrecadar alguns cobres e trazer vida a cidade.
Sábado a tarde e Domingo, podia-se deixar uma roulote de lanches a funcionar no Largo do Seminário e outra em Marvila, para que as pessoas que viessem a cidade pudessem tomar um café ou comer qualquer coisa.

Santarém novamente.




O nosso Presidente Moita Flores continua a surpreender, nunca vi ninguém tão empenhado em dar vida a Santarém como este senhor.
As passagens de fim de ano em Santarém, já são conhecidas de muitos.
Nunca houve tanta animação desde a época da Feira do Ribatejo, muitas pessoas tem ganho o seu dinheirinho, através das enchentes trazidas pelos espectáculos, mas são poucos os comerciantes que aproveitam estas oportunidades.
Há muitos que só falam mal, mas não fazem nada para melhorarem, deve ser por não precisarem, já devem ter os cofres cheios, e o trabalho para eles deve ser tipo teatro.
Infelizmente a guerra da política é uma verdadeira merda: Ninguém consegue fazer nada pela cidade, se ganha um partido, o outro lixa, se ganha o partido mais popular, não fazem nada pela cidade, porquê não tem a maioria, se tem a maioria, também não fazem nada, se alguém de fora vem fazer alguma coisa pela nossa cidade, tem a vida dificultada por outros partidos, e Santarém e os seus habitantes ficam a ver o comboio passar sem nada mudar, os dinheiros desaparecem e o nosso tão querido centro histórico continua a degradar.
Pelo menos podemos dizer que este Presidente está a tentar mudar mentalidades retrógradas e criar uma Santarém mais moderna e competitiva, só os cegos é que não querem ver. Devíamos ser todos unidos por Santarém, e não por partidos que muitas vezes só defendem os interesses de alguns.